domingo, 22 de maio de 2011
Pavulagem da Ro: Os Guarani Kaiowá
Boa Noite Ro, eu como neto de Guarani Kaiowá só tenho que te agradecer muito. Estou lutando para libertar meu povo desse inferno de persiguição causado pelos roubos de terras Guarani Kaiowá que cada dia aumenta mais. Estou tentando abrir uma Fundação com ajuda internacional. Só com a pressão de países fortes ou talvez, a OEA é que consiguiremos libertar meu povo desses fazendeiros ladrões e gananciosos.
Obrigado por você publicar sobre o meu povo.
Heitor Karai Awá-Ruvitxá Gonçalves
sábado, 7 de março de 2009
Índios Piripikura da Amazônia pedem socorro
Índios Piripikura da Amazônia pedem socorro |
Monday, 21 July 2008 14:13 |
Vítimas das derrubadas e da grilagem, índios viram seu povo ser dizimado. A sorte deles está nas mãos do governo. JI-PARANÁ, RO e BRASÍLIA – Nunca na história deste País se roubou tanta árvore de território indígena. Somente no mês passado, em apenas três dias de operação a Polícia Ambiental de Rondônia e os fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental apreenderam mais de 10 mil metros cúbicos de madeira na região de Cacoal e Espigão do Oeste, a cerca de 500 quilômetros de Porto Velho. Avaliava-se na ocasião a existência de pelo menos mais 10 mil metros cúbicos. Omissão
Cerco aumenta Intervenção urgente Depois de mais de um ano de trabalho na região a Frente de Proteção Etnoambiental concluiu: se não houver intervenção do Estado por meio de uma portaria de restrição de uso – o que paralisaria atividades não-indígenas na área dos remanescentes – será inevitável mais um genocídio. "E desta vez o Estado não poderá alegar desconhecimento", adverte Ivaneide Bandeira.
JI-PARANÁ – Tikun e Mondeí receberam esse nome de outro povo, os Ikolen-Gavião. Em Tupi-mondé, Piripkura quer dizer borboleta. Os Piripkura tradicionalmente se dividiam em pequenos grupos que percorriam grandes extensões de território em pouco tempo. "Como borboleta, Piripkura uma hora tava ali, depois ali", contou Catarino Sabirop, cacique Ikolen. Coincidentemente, os povos Arara e Gavião foram vítimas da invasão de suas terras por comerciantes e madeireiros de Ji-Paraná entre 1975 e 1977, conforme este repórter publicou na Folha de S. Paulo e em O Globo, com base em denúncias judiciais e do falecido sertanista Apoena Meireles. Tikun fez alguns relatos a indigenistas da Funai durante os três contatos. E narrou os massacres promovidos pelos brancos. Uma das reportagens que mostram a situação angustiante desses remanescentes foi publicada pelo jornalista Felipe Milanez, na revista "National Geographic". Ele recordou que em 1973, com o fim dos seringais, um grileiro conhecido por Reveria determinou o desmatamento de uma extensão de 90 quilômetros ao longo do rio Roosevelt, nas duas margens, com uma largura de três quilômetros. Aval do MMA Fonte: Agência Amazônia de Notícias Autor: MONTEZUMA CRUZ |
sexta-feira, 6 de março de 2009
União - Assembleia dos Tuxauas
SURUMU
Começa hoje 38ª Assembleia dos Tuxauas
Fonte: a A A A
Foto:
Coordenador do Conselho Indígena de Roraima, Dionito Souza
A poucos dias do julgamento que decidirá a constitucionalidade da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, ao norte de Roraima, em área contínua, lideranças indígenas de todas as etnias do Estado vão discutir o assunto durante a 38ª Assembleia dos Tuxauas.
Com o tema "A luta continua: unidos venceremos", o evento organizado pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) começa hoje e segue até a próxima segunda-feira, 9, na vila Surumu, inserida na reserva, a 230 quilômetros de Boa Vista. O CIR chama a região de comunidade do Barro.
Representantes dos ministérios das Comunicações e Meio Ambiente, Polícia Federal, Exército Brasileiro, Comitê Gestor da Presidência da República, Fundação Nacional de Saúde, entre outras estarão presentes. A Força Nacional de Segurança vai trabalhar na segurança da região durante o evento.
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, também confirmou presença. Essa será sua primeira visita a Roraima à frente da Funai. Hoje ele cumpre agenda na comunidade Demini, na terra indígena Yanomami, a leste do Estado, e amanhã participará da assembleia.
Além da legalidade da demarcação em área única ser palco dos debates, outros temas como desenvolvimento de programas comunitários, manejo de recursos naturais, alternativas econômicas, direitos indígenas, saúde e educação também receberão destaque, conforme o coordenador do CIR, Dionito Souza. A expectativa, segundo ele, é que 1.200 índios participem da assembleia.
"Continuamos batendo na mesma tecla. Queremos a desintrusão já. As autoridades levarão [a Brasília] o nosso recado", disse o líder indígena, ao comentar a expectativa para o julgamento.
terça-feira, 3 de março de 2009
Ainda insisto na UNIÃO
Juntos, médicos e pajé evitam amputação
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Camboinhas ...=?ISO-8859-1?Q?=20=C9=20preciso=20uni=E3o=20e?= vontade para tocar apitos
Tomo a liberdade de retificar o seu texto, Ana, no que concerne a Camboinhas, sim?
"Por favor, me corrijam se eu estiver falando bobagem, mas já ouvi dizer que após as últimas eleições todos os apoiadores da invasão ao terreno de Camboínhas
(área nobre em Niterói – Rio de Janeiro) se retiraram, deixando os Guaranis
à sua própria sorte. O que foi aquilo então? Um oba-oba? Mais uma vez eu
peço que me corrijam se estiver errada. Aliás, neste caso, eu torço para estar
errada mesmo."
Os sambaquis de Camboinhas são TERRA INDÍGENA do tronco TUPI, e muito antes da aludida "invasão" (SIC!) - termo usado pela Ana Kristina e do qual eu descordo cabalmente - cabe lembrar que existe um projeto de manejo sustentável indígena da área, no qual estão envolvidos os índios Urutau Guajajara e Arão da Providência Guajajara, bem como pescadores caiçaras (em parte descendentes dos TUPI).
Em ato formal da FUNAI, esta procurou as lideranças da Etnia Guajajara, trazendo uma família da Etnia Guarani mByá, a qual foi integrada à retomada em curso pelos Guajajara das terras indígenas ancestrais.
Ocorre que houve uma nefasta interferência de juruás muito mal intencionados, fato que levou os Parentes Guajajara se retirarem.
Por parte do Urutau Guajajara existe a disposição de dialogar com as lideranças Guarani mbyá:
"Acho uma boa ideia nos reunirmos com caciques e lideranças Guarani e outros Indígenas do Rio e São paulo, inclusive para saber mais informações sobre aquela família (...) antes que aquele grupo coloque o projeto Indígena de manejo sustentável em risco." (Urutau Guajajara)
Abraços de Luz!
Miryám Hess (abaixo segue notícias confiáveis sobre Camboinhas)
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Fonte : http://www.centrodeetnoconhecimento.blogspot.com/
Sobre o que ocorre em Camboinhas:
Luta Indígena em Camboinhas - Carta do CESAC Aberta ao
Público<http://centrodeetnoconhecimento.blogspot.com/2009/02/luta-indigena-em-camboinhas-carta-do.html>;
*O CESAC – Centro de Etno-conhecimento Sócio-cultural e Ambiental CAUIERÉ*,
entidade associativa sem fins lucrativos de defesa de direitos e interesses
indígenas registrada no RCPJ/RJ sob o nº 490.156, CNPJ sob o nº
73.295.875/0001-31 e no Ministério da Justiça ped. OSCIP de nº
08071.008534/2007-37, desde 1993, com sede na Rua Maracá, nº 7 em Tomás
Coelho, Rio de Janeiro, *gostaria de deixar claro que, sendo patrimônio dos
Povos Indígenas Brasileiros as áreas do Sambaqui de Duna Grande e do
Sambaqui Camboinhas, as etnias herdeiras, assim como a Comunidade de
Pescadores Artesanais de Itaipu, em parte formada por descendentes de Povos
Ameríndios que habitaram a região, possuem Direitos Indisponíveis,
Inalienáveis e Imprescritíveis sobre os mesmos*.
Como é de conhecimento público, *O CESAC, desde 2002 se mobiliza em defesa
do sistema lagunar de Itaipu*, juntamente com as entidades ambientais,
associações desportivas *e as populações originárias e tradicionais, por
meio de suas entidades representativas*, dando início à luta para defesa do
sistema lagunar, dos sambaquis e cemitérios indígenas da Região de Itaipu,
tendo apresentado juntamente com a Comunidade Caiçara de Itaipu - comunidade
tradicional, em parte descendente de Povos Originários da Região – por meio
da ALPAPI – Associação Livre dos Pescadores Artesanais da Praia de Itaipu -
um projeto interétnico de manejo sustentável da área para as principais
etnias herdeiras - demonstrando o interesse em dar uma destinação indígena e
interétnica à mesma.
Sendo o Sambaqui de Duna Grande um Cemitério Tupinambá, fica claro que, por
conta do Direito Sucessório, os herdeiros daquela região sejam de Tronco
Cultural Tupi, hoje representado pelas etnias contemporâneas Guajajara,
Kamaiurá, Aweti, entre inúmeras outras, e, obviamente, Tupinambá – assim
como a Comunidade Tradicional de Pescadores de Itaipu, em parte descendente
dos grupos Tupi que habitaram a região.
Em fins de 2007, o CESAC foi procurado pelo Sr. Cristino, representante da
Funai/RJ, para alocar ou assentar uma família Guarani Mbyá, oriunda da
Argentina, que havia sido expulsa da Comunidade de Paraty - Mirim. O projeto
supracitado foi apresentado ao Sr. Cristino (Funai) e às lideranças Guarani,
assim como, amplamente discutido com a referida família. *Por princípios
humanitários e legítimo anseio de reparação, compensação e indenização às
etnias* (*os Guarani-Mbyá pertencem ao Tronco Lingüístico Tupi-Guarani), a
família Guarani foi alocada em terreno de propriedade do CESAC*, que
adquiriu do velejador George Mollin, por meio de escritura de Cessão de
Direitos.
*O assentamento das duas famílias, Guarani e Guajajara, foi acertado entre
as partes, na presença de dois funcionários da Funai*, registrado e
documentado, fazendo parte de procedimento interno da CDHAJ/OABRJ.
*Ao invés de agradecerem a acolhida*, instigados por uma entidade que diz
representar interesses comunitários de Niterói, cujo diretor de comunicação
agora posa de antropólogo e escreve "não achar saudável a mistura de etnias"
(desconhecendo que, no Brasil, é trivial a instituição de Terras Indígenas
interétnicas e no Parque Indígena do Xingu aldeias costumam abrigar
harmonicamente famílias de etnias – e troncos culturais - diferentes), assim
como, estimulando o dissenso e a conspiração para melhor dominar, indivíduos
dessa mesma família Guarani passaram a hostilizar não somente uma família
Guajajara, bem como hostilizar e agredir lideranças e anciãos da própria
etnia Guarani, assim como apoiadores de opiniões independentes, que
ameaçavam a "liderança" de pensamento único, protagonizada por um rapaz
imaturo e violento, de caráter deslumbrado, facilmente manipulável por
aproveitadores organizados à órbita dessa entidade. Entidade essa movida por
interesses estranhos aos das etnias envolvidas.
*O* * CESAC é contra toda forma de intolerância e sempre realizou seu
trabalho de forma digna, organizada, apartidária e responsável. O CESAC
repudia o uso da violência e da coação, assim como campanhas difamatórias de
qualquer espécie.*
O comportamento discriminatório por parte dos Guarani, em grande parte
estimulado e propugnado pelo CIN (CCOB), é visto com grande tristeza, uma
vez que os Guarani sempre foram tratados com grande respeito, independente
do comportamento imaturo de alguns. Acreditamos que soluções para conflitos
não devem ocorrer por meio de violência e coação, como acreditam certos
indivíduos Guarani alocados em Camboinhas.
*Nós entendemos que o Sambaqui Camboinhas, construção humana de mais de
8.000 anos de idade, anterior à edificação às estruturas do Velho Mundo, é
Patrimônio dos Povos Indígenas Brasileiros, assim como o Sambaqui de Duna
Grande pertence, por direito sucessório, aos Povos de Tronco Tupi e à
Comunidade Tradicional Caiçara, em parte descendente dos Povos Tupi que
habitaram a região*.
*Os direitos dos Povos Indígenas e das Comunidades Tradicionais são Direitos
Indisponíveis, Inalienáveis e Imprescritíveis, tornando inviáveis quaisquer
Termos de Ajustes de Conduta (TAC) em Camboinhas, sob pena de
nulidade*. OCESAC entende que
* o monitoramento, acompanhamento e assistência jurídica dos direitos e
interesses das comunidades indígenas e das populações tradicionais daquela
região já estão sendo prestados pela CDHAJ/OABRJ e que a interferência
alheia à da CDHAJ, além de indevida, frustra os interesses dessas populações
* no projeto de manejo elaborado e implementado pelo CESAC, ALPAPI e
CDHAJ/OABRJ, *além de violar irreparavelmente os direitos das populações
originárias e tradicionais no local.*
*Os Guajajara possuem interesse cultural pelas áreas do Sambaqui Camboinhas
e do Sambaqui Duna Grande, o que torna nulo o Termo de Ajuste de Conduta
proposto por José de Azevedo, do CCOB, para a família Guarani Mbyá de
Camboinhas. Do mesmo modo, há direito sucessório, válido não apenas para os
Povos de Tronco Tupi, como para os caiçaras das comunidades locais,
descendentes de grupos Tupi*.
*Os Direitos dos Povos Indígenas e das Comunidades Tradicionais são Direitos
Inalienáveis, Indisponíveis, não podendo ser traficados por meia-dúzia de
violadores de Direitos.*
*O* *momento não é de determinar condutas e, sim, de determinar os direitos
e interesses dos Povos de Tronco Tupi e dos Pescadores Tradicionais de
Itaipu: uma família Guarani Mbyá não pode falar em nome de todos os Mbyá nem
pode dispor de direitos e interesses em nome de todos os Guarani; em segundo
lugar, os próprios Guarani Mbyá não poderiam dispor de direitos e interesses
nem falar em nome de todas etnias de Tronco Tupi.*
*A procuradoria da República, por meio da sua Subprocuradoria-Geral,
representando a 6 Câmara de Coordenação e Revisão, já determinou ao
Procurador da República de Niterói que defenda o projeto do CESAC/ALPAPI e
da CDHAJ. *
*Os Povos Indígenas brasileiros se integram à comunidade nacional, não
necessitando ser tutelados por entidades como o CCOB ou o CIN, cujos
interesses lhes são totalmente estranhos e obscuros. O CESAC tem compromisso
não somente com os Povos Originários e com as Comunidades Tradicionais da
região, bem como com todos os moradores de Camboinhas, que merecem ser
respeitados. Entendemos que "oprimidos" não podem se tornar opressores e
estendemos nosso respeito à autodeterminação dos Povos Originários ao
conjunto da sociedade nacional.*
*
*
Fonte : http://www.centrodeetnoconhecimento.blogspot.com/
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Fri, 27 Feb 2009 12:09:19 -0300, Ana Kristina escreveu:
>
>
> *"Pessoas inteligentes discutem idéias; *
>
> *pessoas comuns discutem fatos; *
>
> *pessoas medíocres discutem pessoas." *
>
> (não sei quem é o autor)
>
>
(O texto de Ana Kristina foi retirado desse post por motivos de espaço, uma vez que está postado logo abaixo, neste blog. - Ana Kristina)
Re: É preciso união e vontade para tocar apitos
Todos Amigos, irmãos e Parentes
Muito bem colocado minha querida. Suas palavras "NÃO SAEM DO INTELECTO" Saem direto do Coração e Espírito. Respeito, Admiração por colocar tão bem!
Mas, me permita apenas um reforço aqui : "Não estou de acordo com a frase abaixo, onde voce se coloca como Figurante"...Não é mesmo!
Ana, aprendi nesta vida que "Nem sempre "agradaremos à Todos", e pessoalmente Nunca busquei AGRADAR, mas assumir de coração aberto, verdadeiramente o que trago em meu Espírito, Honrando nossos Ancestrais, Respeitando o que foi deixado. QUE BOM QUE DEIXARAM REGISTROS, ENSINAMENTOS, e que Benção nestes "TEMPOS" termos aqui a presença Mais que Viva de Nações Indígenas que JAMAIS SE DEIXARAM "VENCER" por este desgovernado MUNDO onde o "TER" se sobrepóem ao SER.
Porém minha irmã.., falando com experiência na pele, no Coração, e Espírito, digo que MUITO POUCOS entendem ou buscam entender UNIÃO. Alguns, seguem o caminho do MEIO, libertando-se das correntes que chamo de "CORRENTES D E ALMA", para então UNIREM FORÇAS. Libertam-se destes malfadados Conceitos de 'PODER", para então SER Conscientes, Responsáveis.
Quero externar aqui, uma agradecimento à voce em Especia, que nunca foi uma FIGURANTE, ao menos Não aos meus olhos!! Voce, realmente entrou neste Barco inteiramente, sem receios, e nós mesmos aqui do SUL, sempre que lhe solicitávamos e mais ainda, agora, sempre que solicitamos APOIO, UNIÃO, para arregassar as mangas e daí do Rio de Janeiro apurar situações, nos informar, e igualmente gerar possibilidades conosco aqui do SUL, voce, prontamente disse: CÁ ESTAMOS para UNIR. Agradecemos Ana .Não são apenas Elogios ou palavras bonitas Parente. Admiro muito ,pois sempre uso de uma frase que sonhei...e diz assim: "É FÁCIL A GENTE SE UNIR A UMA BATALHA QUANDO ESTA APRESENTA SINAIS DE SER VENCIDA", MAS SÃO POUCOS OS QUE S E APRESENTAM DESDE PRINCÍPIO DESTA , PARTICIPANDO DE CADA ETAPA, JUNTO", sem jamais se dar por VENCIDOS. E mais...entendendo que há interpretações e "interpretações sobre VENCER...A Humanidade´, nossos Governantes deveriam Refletir e muito, sobre isto tudo face a REALIDADE que PLANTOU até aqui.
Conte conosco, SABES QUE PODES .
Um forte Abraço fraternalmente desta ´Parente , Amiga, irmã
Liana Utinguassú
Servidora/Presidente
Yvy Kuraxo
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
É preciso união e vontade para tocar apitos
"Pessoas inteligentes discutem idéias;
pessoas comuns discutem fatos;
pessoas medíocres discutem pessoas."
(não sei quem é o autor)
Há um pouco mais de dois anos, entrei para listas de discussões sobre a questão indígena. tenho postado notícias, apelos, petições e dado também alguns pitacos quando a indignação me sufoca. Mas desta vez quero expressar aqui a minha própria opinião, baseada no que tenho visto e ouvido.
Nas listas, tive a oportunidade de conhecer ótimas pessoas, de vários estados. Professores, lideranças, estudantes, arqueólogos, jornalistas... enfim, uma gama muito rica de vivências e opiniões. Um indigenista me disse uma vez que o problema do índio brasileiro é que ele se acostumou a enxergar unicamente a sua própria comunidade. Não tenho vivência ou conhecimento suficientes para jurar que esta afirmação é correta, mas sou levada a acreditar nela pelo número de vezes que li, nestas mesmas listas, o pedido de UNIÃO vindo de Marcos Terena (respeitável figura dentro desses nossos grupos).
Com muita alegria, vejo hoje grupo de jovens interétnicos se formando. Minha afilhada Caroline Taukane organiza encontros de jovens estudantes indígenas em Cuiabá, minha querida Yré Kaiabi é ativista constante do encontro de mulheres do Xingu, meu compadre Ataíde vem promovendo o Congresso de Jovens Indígenas (SP) que tem por finalidade orientar os jovens índios a não caírem no "canto da sereia" do álcool e das drogas, por meio de palestras e atividades esportivas. Não posso me esquecer da AJI - Ação dos Jovens Indígenas de Dourados (cenário de morte pela fome e descaso), os rapazes Umutina que estão tentando ressuscitar a cultura extinta, e ainda o m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o Indios On-line. Sei que há ainda mais desses grupos atuando em pleno vapor.
É muito bom ver os jovens nesse caminho. Traz esperanças para o futuro.
Mas e o presente? O que acontece com as crianças subnutridas, envenenadas por agrotóxicos, assassinadas, enquanto esses jovens não ficam mais velhos e ocupam cargos onde possam efetivamente mudar as coisas? Por que deixar para o futuro, nas costas de jovens que já fazem muito diante de um cenário tão adverso, o que pode ser feito (ou pelo menos começado) hoje?
Amigos – chamo-os de amigos porque assim considero a quem compartilha dos mesmos ideais que eu – por curiosidade, andei olhando no Orkut as comunidades relacionadas aos problemas e questões indígenas, bem como as opiniões nos fóruns de discussões. A parte boa é que a quantidade de indígenas acessando esses sites de relacionamento é enorme! Taí uma boa tese acadêmica. É um momento único. Um fenômeno social.
Mas a parte chata é ver que quem mais se movimenta pró-indígenas são os juruás (não-índios). Eu sei que muitos falam um monte de besteiras, muitos ainda têm idéias estereotipadas a respeito do índio, muitos só conhecem índios de livros... enfim, há muita desinformação ou meia-informação. Há também muitos interesses. Pessoas que querem se promover à custa da causa. Por favor, me corrijam se eu estiver falando bobagem, mas já ouvi dizer que após as últimas eleições todos os apoiadores da invasão ao terreno de Camboínhas (área nobre em Niterói – Rio de Janeiro) se retiraram, deixando os Guaranis à sua própria sorte. O que foi aquilo então? Um oba-oba? Mais uma vez eu peço que me corrijam se estiver errada. Aliás, neste caso, eu torço para estar errada mesmo.
Quem mais deveria falar pelo índio é o próprio índio.
Os juruás deveriam ser apenas os figurantes nessa história.
Marcos Terena brincou dizendo que o índio quer apito, mas acho que os índios precisam é de um apitasso! Então, vamos explorar os espaços que são concedidos. Aproveitar os jornais, os sites de relacionamento, os canais concedidos nos sites da FUNAI, do Governo Federal, nas ONGs (sérias!)... há bastante campo e muito a ser semeado ainda!
Marcos Terena não pode ser apenas um retrato na parede – uma figura lendária dissociada da realidade. Coloquem em prática o que ele diz. União é preciso.
Eu, por minha vez, fico aqui no banco dos "figurantes" torcendo por todos, mas principalmente pelas crianças indígenas que irão herdar o resultado do que for feito HOJE.
Lembrem-se que daqui a algumas décadas, VOCÊS serão os ancestrais. E o que deixarão como legado?
Comecei meu email com aquela citação, cujo autor desconheço, porque talvez nem todos compartilhem das mesmas idéias. Mas me reservei o direito de manifestá-las e até gostaria de ouvir as opiniões contrárias, porque acho que este é um espaço para a livre manifestação, troca de idéias e aprendizado.
Um grande abraço com o desejo de um ano realmente novo.
Muita luz em todos os caminhos.
Ana Kristina S. Ribeiro
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Raposa Serra do Sol: Questão de Justiça Texto de Frei Beto
Retroagir a homologação de Raposa Serra do Sol para área não-contínua representa grave precedente jurídico em relação aos demais processos demarcatórios, e poderá estimular grileiros e oportunistas a realizarem invasões nos mesmos moldes das que ocorrem em Roraima.
Em 15 de abril de 2005, o presidente Lula assinou a homologação, em área contínua, da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Este ano, a Polícia Federal, em cumprimento da lei, mobilizou-se para retirar da reserva seis arrozeiros. Os invasores da área, convencidos de que “índio atrapalha o progresso”, reagiram com violência, inclusive bombas. Criaram o fato político capaz de induzir o STF a suspender a medida legal e reiniciar o atribulado percurso já transitado pelos três poderes da República.
Frei Betto é escritor e assessor de movimentos sociais, autor de “A Mosca Azul – reflexão sobre o poder” (Rocco), entre outros livros.
Os grifos são meus - Ana Kristina S. Ribeiro
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
'Que interesses estão por trás dessas sistemáticas campanhas contra os indígenas?'
'Que interesses estão por trás dessas sistemáticas campanhas contra os indígenas?'
Suposto caso de antropofagia no Amazonas força o reexame da relação do Brasil com suas comunidades indígenas. "Acredito que não se trata de um caso de antropofagia ocorrido dentro dos códigos culturais tradicionais indígenas. Que sentido tem falar em um caso de antropofagia supostamente ocorrido neste contexto? O objetivo parece ser fazer os indígenas sentarem no banco dos réus, justificarem-se perante a sociedade, voltarem a ser suspeitos de constituir uma forma imperfeita de humanidade. Voltarem a ter quem os tutele, que limite sua liberdade e seus direitos. Que não possam ser respeitados e aceitos como cidadãos normais. Gostaria de saber que interesses estão por trás dessas sistemáticas campanhas contra os indígenas, que levam para a discussão pública temas bizarros e omitem sistematicamente os problemas reais vividos por eles", diz João Pacheco de Oliveira, coordenador da Comissão de Assuntos Indígenas da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) -
FSP, 15/2, Mais!, p.3.
MAIS UM CASO DE "ANTROPOFAGIA" EM MASSA, PRATICADO POR BRANCOS DA FUNAI DE DOURADOS
Me detive em 2 frases do Heitor. A primeira é
"Tática antiga de fazendeiros mancomunados com a FUNAI para diminuir o número de índios Guarani Kaiowá através dos surtos de inanição provocados periodicamente para induzir a morte de crianças e idosos."
Na época do Fernando Collor, me lembro que ele batia no peito prometendo acabar com a pobreza. Ao invés disso, com aqueles famosos congelamentos, tudo o que víamos era o ágio para todo lado e o pobre ficando cada vez mais pobre. Me lembro que eu costumava a brincar dizendo que a política do Collor era acabar com a pobreza exterminando os pobres.
Acho que trata-se da mesma coisa. Fica fácil acabar com o problema dos índios se não houver mais índios para terem problemas, não é mesmo? Pensem bem, parece ridículo, mas esse meio lento e contínuo é eficiente e quase transparente. O povo brasileiro se acostuma com desgraças. Quando 100 pessoas morrem de uma vez há grande comoção. Mas se as mesmas 100 pessoas morressem, uma a cada dia, durante 100 dias, na 10º o brasileiro já acharia que a coisa é normal.
Há quanto tempo estamos aqui falando sobre as condições dos Kaiowás em Dourados? Que eu me lembre, pelo menos 2 anos.
O que o governo fez? E olha que a situação dos Kaiowas ganhou manchetes mundiais! Eu mesma assinei há pouco tempo um abaixo-assinado on-line iniciado por uma holandesa!!!!
Desculpem a ironia, mas porque o Governo iria interferir? Me parece que seus membros que odiavam coronéis de farda agora passaram a adorar coronéis de botas e chapeus de palha, né?
A segunda frase foi a seguinte:
"Notícias típicas de um país que só demonstra ter leis nos grandes centros urbanos."
Fico pensando na eficácia de ficarmos nos indignando tão longe do foco do conflito. Não é que só tenhamos leis nos grandes centros urbanos, mas o fato é que aqui somos mais organizados e cobramos mais (e cá pra nós, ainda temos muito o que aprender sobre cidadania). Mas os Kaiowá... Pensem, são isolados. É uma sub-etnia tímida e reservada. Não os conheço pessoalmente, mas imagino que muito poucos falem o português.
Imagino também que a população local também seja preconceituosa e que a propaganda , ostensiva e subliminar, pro-fazendeiros seja muito forte. Isso sem falar nas ameaças.
Tô imaginando demais? Mas não consigo imaginar uma solução que não passe pela lavagem moral dos governantes. Falam da África em seus discursos populistas, mas não vêem crianças morrendo de fome em Mato Grosso.
Pensando bem nós, o povo de maneira geral, também precisamos de uma lavagenzinha. Porquê as imagens que eu mesma já postei aqui neste espaço não aparecem na Globo? Porque estamos tão mais preocupadas em saber se a brasileira foi ou não vítima de um ataque xenófobo na Suiça que largamos nossas próprias crianças à mingua.
etnofagia,
etnolimpeza,
etno-sacanagem
Se alguém tiver alguma idéia.... o espaço está aqui.
Um abraço,
Ana Kristina
MAIS UM CASO DE "ANTROPOFAGIA" EM MASSA, PRATICADO POR BRANCOS DA FUNAI DE DOURADOS
Subject: MAIS UM CASO DE "ANTROPOFAGIA" EM MASSA, PRATICADO POR
BRANCOS DA FUNAI DE DOURADOS
To: coracao_e_espirito_indigena@yahoogrupos.com.br,
literaturaindigena@yahoogrupos.com.br
Irmãos, parentes e amigos.
Hoje pela manhã tive ciência de mais um caso de "antropofagia da
vida", desta vez em massa.
As crianças Guarani Kaiowá estão passando fome na aldeia Bororó (onde
meu avô nasceu).
Enquanto que nos depósitos da FUNAI de DOURADOS o alimento em sacos ou
em cestas básicas
estraga e aos montes.
Tática antiga de fazendeiros mancomunados com a FUNAI para diminuir o
número de índios Guarani Kaiowá
através dos surtos de inanição provocados periodicamente para induzir
a morte de crianças e idosos.
Aliás, prática muito mais vil e sórdida do que um único assassinato de invasor.
Com a morte de idosos e crianças, os exploradores das legítimas terras
Kaiowá procuram com apoio de órgãos
do governo eliminar, gradualmente, o grande e incômodo problema Kaiowá.
Alguns deputados em Brasília já levaram o caso de genocídeo
premeditado ao senado. Todavia, como são
minoria, o assunto logo estará esquecido. Crianças e velhos estarão em
breve, debaixo da terra.
Mais uma etapa da perda sistemática de vidas, cultura e crença, fruto
da aliança: Fazendeiros de MS & Órgãos do Governo.
Notícias típicas de um país que só demonstra ter leis nos grandes
centros urbanos.
Muito triste, ver crianças do mesmo sangue de quem aqui escreve.
Heitor Karaí Awá Ruvixá
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Canibais e chá de boldo... - Texto de Marcos Terena
De repente chegou a noticia de que os indígenas do Povo Kulina lá do interiorzão do Acre, degustaram algumas partes de um homem branco... Lançada o ingrediente de um novo cardápio como uma chama num barril de polvoras, então começa o vespeiro de perguntas, opiniões de especialistas, midias, sons, etc...
Nós do baixo clero ficamos pelo menos matutando com alguma tristeza e com muita raiva e descofiança: Põ... como é possivel que depois de tantos anos de contato com a sociedade envolvente do homem branco e com tantas caças, sacolão do fome zero e peixes amazonicos, alguem possa acreditar que agora... se deva comer carne humana.
Nos ultimos tempos, o colonizador acostumado a trabalhar com a imagem do mito, do herói e de tantas simbologias, criou a lenda de dificil comprovação, de que um padre de nome Sardinha teria sido devorado pelos Tupinambas... E agora, com os irmãos Kulina.
Como diria o velho sábio Jeca Tatu, tem arguma coisa errada nesse causo ou essa história tá mal contada.
Como a piola sempre arrebenta do lado mais fraco, então nós daqui do sul, do centro oeste e de outras regiões acostumados com churrascos, farofa, beiju, mandioca, banana e até mesmo guaraná, ficamos pensando:
qual o significado dessa história de comer o homem branco? vale a pena? Saborear com gosto ou com raiva?
Porque... engolir sapo em nome da civilização moderna, nós indigenas já fizemos isso varias vezes.
E não é mole, não!!!!
Pensem nisso Canibais, reflitam e lembrem-se: contra má digestão, chá de boldo!!!!
M. MARCOS TERENA
Miembro de la Cátedra Indigena Itinerante - CII
Gerente del Memorial de los Pueblos Indigenas
Uma porta aberta para o mundo apoiar um movimento de dignidade em favor do Povo da Terra.
Comunidade: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=16268887&refresh=1
Farc são acusadas de matar 27 índios Awá em uma semana
Ao menos dez indígenas da etnia Awá foram assassinados na madrugada de anteontem no sul da Colômbia, segundo lideranças indígenas e o governo do departamento (Estado) de Nariño. As vítimas se somam a outros 17 Awá mortos na semana passada - as Farc são as mais fortes suspeitas de serem autoras do massacre. Segundo a Onic (Organização Nacional Indígena da Colômbia), os dez índios foram mortos enquanto fugiam da primeira matança. Ontem o grupo Colombianos pela Paz, que tenta negociar com a guerrilha, instou as Farc a se pronunciar sobre o caso. Os Awá são cerca de 30 mil e vivem entre a Cordilheira dos Andes e o Pacífico, rota de saída de cocaína e zona de conflito entre guerrilheiros, paramilitares e soldados. São acusados pelas Farc e pelo Exército de não colaborar - FSP, 13/2, Mundo, p.A9.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Apoio a luta dos guarani de Araça'i e Kuña Porã
Utinguassú Liana
Encontro Sepé Tiaraju
Assembléia Regional do Povo Indígena Guarani
São Gabriel – Rio Grande do Sul – BRA
5, 6 e 7 de Fevereiro de 2009
São Gabriel, 7 de Fevereiro de 2009.
Ao Senhor Presidente da Funai
Dr. Presidente Márcio Meira
Cc: Ministério Público Federal de São Miguel do Oeste
Dra. Maria Rezende Capucci
As comunidades Guarani de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, reunidos no Encontro Sepé Tiaraju, em São Gabriel, RS, vimos por meio deste prestar apoio à comunidade Guarani de Araça'i, de Cunhã Porã e Saudades, Santa Catarina, que teve seu procedimento de demarcação iniciado no ano de 1998, tendo sido expulsos da terra em 2000 pela primeira vez, retornando em 2005 sofrendo outra expulssão, estando atualmente em situação provisória em Toldo Chimbangue, em terra emprestada pelo povo Kaingang.
Em abril de 2007 foi assinada, pelo Ministro da Justiça Tarso Genro, a Portaria Declaratória garantindo a área à comunidade. Porém, a Portaria Declaratória sofreu liminar na Justiça Federal de Chapecó suspendendo seus efeitos, mas, em julgamento de recurso na 4a Região da Justiça Federal em Porto Alegre a liminar foi suspensa, com isso a FUNAI pôde dar continuidade à demarcação.
A FUNAI encaminhou Portaria constituindo GT para a realização do levantamento fundiário ainda em novembro de 2008, porém o GT ainda não começou os trabalhos.
Devido a esta situação, nós participantes do Encontro Sepé Tiaraju, exigimos que o GT dê início imediato ao levantamento fundiário e a finalização do processo demarcatório, e que sua comunidade Guarani possa, enfim, retornar para sua terra.
Gratos pela atenção.
Participantes do Encontro Sepé Tiaraju.
Uma porta aberta para o mundo apoiar um movimento de dignidade em favor do Povo da Terra.
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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Estrada ilegal ameaça a Terra Indígena Awá, no Maranhão
Estrada ilegal ameaça a Terra Indígena Awá, no Maranhão [10/02/2009 12:47] Madeireiros ilegais abrem estrada na TI Awá (MA) colocando em risco a integridade das comunidades indígenas e a vida de grupos isolados. Índios ameaçam abrir guerra contra invasores. | ||||
A comunidade Juriti, única aldeia da Terra Indígena Awá, no Maranhão, vive em tensão constante. Seus 39 habitantes vivem acuados pelo barulho de tratores que, recentemente, abriram uma nova estrada no coração de suas terras para escoamento de madeira. A estrada ocupa a porção sudoeste da Terra Indígena e se encontra a menos de duas horas de caminhada da aldeia e do Posto Indígena da Funai nessa área. Posseiros também têm invadido a TI Awá abrindo roças e utilizando recursos naturais, que não é a única a sofrer esse processo de degradação. Juntam-se a ela as Terras Indígenas Araribóia, Alto Turiaçú e Carú que se constituem nas últimas reservas de floresta tropical do Estado do Maranhão.
Para piorar a situação, estima-se que um grupo isolado de cerca de 10 pessoas viva naquela região. Em 5 de fevereiro último, o coordenador-geral de índios isolados da Fundação Nacional do Índio (Funai), Elias Biggio, admitiu em entrevista ao site Globo Amazônia que há relatos de contato entre os madeireiros e os isolados. Sensíveis às doenças infecto-contagiosas, os índios Guajá isolados correm o risco de desaparecer em curto período de tempo. A principal conseqüência da ação dos invasores é a dispersão dos animais de caça. Sem ter o que comer, os Guajá contatados estão sujeitos a desnutrição e morte.
Na imagem de satélite captada em outubro de 2008 é possível ver o desmatamento provocado pelos invasores, que suprimiram a mata nativa de praticamente toda a fronteira leste da Terra Indígena Awá para abrir roças e cortar madeira. Mas a oeste também é possível constatar a ação das madeireiras em diversos pontos onde grandes clareiras foram abertas para a retirada de madeiras nobres. Conflito é iminente na região O conflito entre madeireiros, posseiros e índios é iminente. Em agosto de 2008 madeireiros atacaram a tiros aldeias de índios Guajajara na Terra Indígena Araribóia, causando um clima de terror em toda a região. Nesta mesma TI vivem cerca de 50 Guajá isolados que estão sofrendo com o alto grau de desmatamento, assim como os grupos da TI Awá e TI Carú. Como em outras regiões da Amazônia a omissão dos órgãos governamentais, sobretudo da Funai e do Ibama, levou os índios a afirmarem que estão se preparando para iniciar uma guerra contra os invasores. Saiba mais. No início de fevereiro, a ONG Survival International lançou uma campanha voltada e impedir a aniquilação dos Guajá . Baseada em ações postais, a campanha visa influenciar o Banco Mundial, a União Européia e o Parlamento Europeu para pressionar o Brasil a resolver os problemas fundiários na região. Essa campanha é a atualização de uma ação desenvolvida em maio de 2002 com o apoio da revista Sem Fronteiras e o Instituto Ekos para a Equidade e a Justiça, dos missionários combonianos do Nordeste, da revista Caros Amigos, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. Uirá Felipe Garcia para o ISA
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ISA, Instituto Socioambiental.
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